Salve, Nobre Padroeira

Salve, nobre Padroeira Do Povo, teu protegido, Entre todos escolhido, Para povo do Senhor. Ó glória da nossa terra, Que tens salvado mil vezes, Enquanto houver Portugueses, Tu serás o seu amor. Com tua graça e beleza Um jardim não ornas só, Linda flor de Jericó, De Portugal és a Flor! Ó glória da nossa terra, Que tens salvado mil vezes, Enquanto houver Portugueses, Tu serás o seu amor. Flor de suave perfume, Para toda a Lusa gente, Entre nós, em cada crente Tens esmerado cultor. Ó glória da nossa terra, Que tens salvado mil vezes, Enquanto houver Portugueses, Tu serás o seu amor. Acode-nos, Mãe piedosa, Nestes dias desgraçados, Em que vivemos lançados No pranto, no dissabor. Ó glória da nossa terra, Que tens salvado mil vezes, Enquanto houver Portugueses, Tu serás o seu amor. Lobos famintos, raivosos O teu rebanho atassalham, As ovelhas se tresmalham, Surdas à voz do pastor. Ó glória da nossa terra, Que tens salvado mil vezes, Enquanto houver Portugueses, Tu serás o seu amor. Da fé a lâmpada santa, Que tão viva outrora ardia, Se teu zelo a não vigia, Perde o restante fulgor. Ó glória da nossa terra, Que tens salvado mil vezes, Enquanto houver Portugueses, Tu serás o seu amor. Ai! da Lusa sociedade, Se o sol do mundo moral Se apaga… Ó noite fatal! Ó noite de negro horror! Ó glória da nossa terra, Que tens salvado mil vezes, Enquanto houver Portugueses, Tu serás o seu amor. És a nossa Padroeira, Não largues o padroado Do rebanho confiado A teu poder protector. Ó glória da nossa terra, Que tens salvado mil vezes, Enquanto houver Portugueses, Tu serás o seu amor. Portugal, qual outra Fénix, À vida torne outra vez. Não se chame Português Quem cristão de fé não for. Ó glória da nossa terra, Que tens salvado mil vezes, Enquanto houver Portugueses, Tu serás o seu amor. Composto pelo Padre Francisco Rafael da Silveira Malhão